ILUSTRAÇAO: PRA. GABRIELA PACHE DE FIÚZA
FIGURA 1
Mateus levava uma vida especial, assim também como ele era especial. Ele não passava inadvertido. Alto, magro, e com a sua maneira particular de rir, quando chegava algum lugar, todos percebiam a sua presença. Inquieto e por momentos atrapalhado, abria lugar entre as pessoas aos empurrões.
Ainda que tivesse treze anos, não sabia ler, nem escrever. Ele tinha abandonado varias vezes a escola. Com a sua velha bicicleta preta percorria todo o bairro, varias vezes ao dia, sempre cumprimentando as pessoas a cada vez que as via. As crianças do bairro debochavam dele sempre, senão era pelos seus dentes encavalados, era pelo sua franja cortada reta na testa, ou pelo tamanho da sua cabeça, ou pela maneira como caminhava encurvado e com passos longos, ou porque contavam piadas e ele era o único que não entendia. A questão era que ele se converteu no centro dos deboches.
Uma manha ensolarada, Mateus subiu a sua bicicleta para dar a volta no bairro como sempre o fazia. Mas de repente algo chamou a sua atenção e fez com que parasse.
-O que está fazendo essa turma de crianças debaixo daquela velha árvore? Perguntou-se curioso Mateus.
Rapidamente pedalou até o lugar, todos perceberam a sua chegada porque quase atropelou alguns meninos. Chegou gritando:
- Hey! Hey! Eu também quero brincar com vocês!
Algumas crianças começaram a protestar dizendo:
- Ele não pode brincar com a gente! É muito bruto e não sabe brincar!
Mas as pessoas adultas que estavam ali deixaram ele brincar com a condição que não machucasse ninguém e que respeitasse as outras crianças.
FIGURA 2
Depois das brincadeiras as crianças se assentaram debaixo da árvore em círculo ao redor de uma tia. Mateus também se assentou, com a sua bicicleta do lado porque as crianças a escondiam, e ele ficava furioso com isso. Os “tios” guiaram as crianças em algumas canções que falavam do amor de Deus. E a “tia” com uma bíblia na mão lhes falou que Deus amava a cada um deles, do jeitinho que eles eram. Mateus estava acostumado a receber, queixas, empurrões, xingamentos, rejeições e deboches, por isso se estranhou muito que alguém lhe dissera que era amado e importante do “jeito” que era. Ele não conseguiu entender tudo o que ali ensinaram, mas o que escutou e entendeu serviu para aquietar se agitado coração. Quando as diferentes atividades acabaram, os “tios” da igreja convidaram as crianças para o próximo sábado no mesmo lugar.
Durante essa semana Mateus lembrava a todo momento aquela frase que penetrou no seu coração: “Deus ama você do jeitinho que você é”.
No sábado seguinte as crianças do bairro se encontraram de novo debaixo da árvore com os tios da igreja. Para surpresa de Mateus, os “tios” o receberam com um abraço e um beijo, o chamaram pelo seu nome e se ofereceram para cuidar da bicicleta, para que ficasse tranqüilo. Mateus desfrutou toda aquela manha de brincadeiras, canções e relatos da Bíblia. Mas desta vez ficou triste quando ouviu uma tia dizer: “O pecado, que são as coisas feias que fazemos, nos afasta de Deus que tanto nos ama. Por esse motivo Jesus morreu na cruz em nosso lugar, para receber o castigo que mereciam os nosso pecados, a morte!” Mateus pensou nos seus muitos pecados e percebeu que Jesus havia morrido por ele. Mas a professora continuou dizendo: “Mas ao terceiro dia voltou a viver, ele ressuscitou! E se nos arrependemos dos nossos pecados e cremos que ele morreu em nosso lugar, Deus nos perdoará e nos converterá em filhos e nada poderá nos separar do seu amor”.
FIGURA 3
Nesse momento Mateus esqueceu da bicicleta, dos deboches e das rejeições, o único que queria era ser filho de Deus e estar pertinho do Senhor e do Seu amor. Sendo assim, quando todos abaixaram a cabeça para orar, ele também orou:
“Senhor, me arrependo dos meus pecados, creio que o Senhor Jesus morreu na cruz em meu lugar, quero ser o teu filho. Em nome de Jesus, amem.”
FIGURA 4
Naquela manha, Mateus, passou a ser filho de Deus e experimentou aquela paz que somente Jesus pode dar e que tanto necessitava seu turbado coração. Mateus já não era o mesmo! Ainda que os meninos do bairro continuava a rir da sua franja, dos seus dentes, ele já não ficava irado, nem empurrava às crianças, agora estava seguro que Deus o amava como ele era, e então podia desfrutar do Seu amor a cada dia.
Os tios da igreja também deram de presente uma bíblia e compraram óculos receitados, e o ensinaram a ler. Sim, Mateus tinha sido transformado pelo amor de Deus!
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